Em busca do caminho

O fato de estar ficando mais autônoma e me libertando de tantos aparatos, me oferece a possibilidade de olhar para tras e valorizar as conquistas, perceber os ganhos.dMe sinto mais descolada das mazelas. Agora posso perceber o quanto me sentia vulnerável. E o quanto estou confiante , embora ainda esteja percorrendo o caminho ja consigo olhar a beleza da estrada,. lum toqueagora às pessoas pessoas que estão passando pelo mesmo processo, lembro que a vulnerabilidade faz parte, a gente acha que nao vai passar, mas aos poucos e com muita fe e persistência é possível se conseguir mais confiança, além de uma visão mais distanciada de tudo. Quero aqui continuar falando aos que estão perdidos. Por exemplo;, .andar numa cadeira de rodas todo o tempo é muito ruim, ter a privacidade iinvadida por pessoas que tem que ajudar no banho ou na ida ao banheiro, é um verdadeiro golpe, mas é melhor aceitar do que se revoltar. Vou confessar aqui, quais os artificiosque usei pra lidar com a situação
Quando ia tomar banho vendo alguém me ensaboar, enxugar, passar creme(tudo com muito carinho)me imaginava uma r a rainha, sendo cuidada.Quando fui ao shoppimg de cadeiras de rde rodas, me senti sendo levada numa carruagem para olhar vitrines e comprar.Muita mordomia. Sei que ninguém quer isso pra si, mas se nao tem outro jeito, tem que enfrentar e usar a imaginaçãopoisé…, “a gente vai criando estradas”.

7 opiniões sobre “Em busca do caminho

  1. Vânia,
    Todos nós, uma vez ao menos , já tivemos que passar por momentos difíceis na vida. Mas o principal é como lidamos com eles. De que lado do binóculo queremos enxergar o problema, de perto ou de longe?
    As vezes se ele é enorme, o melhor é colocar o binóculo pra longe e ir dando tempo ao tempo, que tudo cura.
    O pior disso tudo que vc está vivendo é a sensação e a privação da privacidade.
    Vi meu pai durante um ano e meio, entre casa e hospital, ter seu corpo tocado por centenas de diferentes mãos. Mas até com isso, ele teve que se acostumar. Essa “maquiagem” mental que você utilizou para fingir que uma coisa era outra é na verdade nosso lado infantil que tivemos que abrir mão para viver a vida de forma mais séria.
    Que pena darmos tanto peso as coisas, aos olhares e julgamentos alheios!!! A vida pode ser mais leve.
    Adoro o teu blog e tuas reflexões.
    Um cheiro e coragem!!!

  2. Cara Vânia Marinho, descobri o seu blog hoje. A minha mãe (Tânia Dantas) sofreu um AVC semelhante ao seu em abril/2011. Estou encantada com o seu blog. Parabéns!!!!!!!!!!

    • Espero poder contribuir, dando uma forca pra você e a sua mãe. Sei que ficamos médio perdidas, a minha mãe havia sofrido um AvC há três anos e eu e minha irmã ficamos desorientadas, como o dela foi isquemico , e teve uma excelente acompanhamento, hoje já esta muito Bem
      Abraços

  3. Voce provou que Querer é poder,é coragem ,supremacia e forca.Como trabalho nessa area ,vejo jovens,adultos,idosos passar por essas situações .Voce me emocionou,conseguiu levar flores aonde tinha espinhos…Voce é uma rainha,pela sua forca ,fé e determinação …Eu nunca duvidei de Voce e fico muito feliz em fazer parte da sua reabilitação .Um beijo no seu coração ,alteza!!! Elizabeth Montenegro

  4. Oi Vânia, sempre leio o que você escreve e me surpreendo a cada reflexão. Poxa, sempre a admirei “superficialmente” pela profissional, pessoa, colega de trabalho e estilo de vida. Mas precisei declarar aqui o quanto me emociono com cada post. Essa tática da rainha e da carruagem foi simplesmente genial, realmente faz parte das nossas escolhas de que lado queremos estar com relação aos sofrimentos inevitáveis da nossa vida. Siga escrevendo, você é exemplo. Bjo grande!

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