Sentimentos difusos

Aqui estou no desafio de escrever variações sobre o mesmo tema. Claro que poderia abordar outros temas, porém me propus a criar este blog com objetivo de contar as minhas vivências pós AVC. E com isso ajudar pessoas pessoas que passaram pelo mesmo problema é sentem-se perdidos e solitários em sua dor.
Como numa gangorra, nestes posts falo dos sentimentos bons e dos ruins que passam ao longo do tempo. Atualmente faz 4 anos do momento em que surgiu essa pedra no meio do meu caminho, sendo um divisor de águas em minha vida.
Criei muita expectativa é sonhei muito com o futuro , tempo este em que já me via andando perfeitamente, dirigindo e dona do meu nariz, uma espécie de ilusão de que a Vania anterior, poderia surgir sem sequelas.
Não quero passar nenhuma mensagem de desânimo, apenas dizer, que é. Difícil e o processo é lento, há de se ter paciência, fé , resiliência. É preciso não desanimar e prosseguir. Por dentro continuo bem inteira cheia de vida e de vontade de ir além, com projetos. Há momentos de dificuldade, desanimo, medo, mas os momentos de alegria superam. Poder ajudar a quem está vivenciando problema semelhante , me dá muita força. Trabalhar, me divertir, viajar, me devolvem o sentimento de prazer pela vida.sempre enxerguei a vida pelo lado bom, não será agora que irei ver um lado que. Única me agradou.

Olá amigos que me acompanham por aqui. Depois dessa pausa imensa, acredito que muitos leitores devem ter pensado que desisti, mas a verdade é que continuo querendo partilhar com vocês, os meus sentimentos. Estou com saudades do blog e desta interlocução com vocês. Neste meio tempo, a roda girou bastante e neste giro,, digo a vocês que vivenciei momentos difíceis acompanhando o ensaio da “partida” da minha mãe, uma fã do meu blog, mãe de duas, fato em que mais uma vez fui submetida a prova de força. Agora estou aprendendo a conviver com o vazio e me percebendo maisforte. Eu que sempre me considerei ( e ainda me considero) muito frágil, tive que suportar um AVC e depois a partida da minha mãe.

E como não sou nenhuma heroína, ando bem fragilizada, à flor da pele, muitas vezes acho que já poderia estar mais recuperada do AVC. Andar sozinha, ainda é difícil para mim. Graças a Deus, sei que estou apta,porém o medo de cair me trava.

E depois de tanto tempo estou aqui para me lastimar. Ok gente.. Vou mudar o rumo da prosa e dizer que continuo gostando de festas. Completei 60 anos e celebrei em “pétit comitê” com amigas e familiares. Fiquei feliz, afinal agradeço a Deus por estar viva e muito bem , portanto tem mesmo é que celebrar.

Ofereço esse post, a uma fã do meu blog, que assim como minha mãe, bem idosa resolveu partir, deixando as filhas, milhas amigas de colégio, bem saudosas.

Aprendizado

Há quem me pergunte se desisti do blog e eu mesma me faço essa pergunta e fico sem resposta. Acredito que há momentos mais propícios para traduzir as emoções em letras, outros não. Nos últimos meses, as emoções foram somando-se, e foi difícil lidar com toda essa energia represada. Apesar de passar por um processo de análise, o misto de sensações causou estranhamento em mim. O que posso afirmar é que a Vânia otimista, desejosa de ir além, permanece firme em 2017. Continuo firme na batalha e nunca pensei em abandonar a luta. Não me considero a guerreira que todos enxergam em mim, porém batalho sempre para ter mais autonomia, e voltar ao qu é considerado “normal”, pelo menos para mim. As minhas seqüelas, do tal AVC, foram motoras, e uma das grandes batalhas tem sido, vencer o medo de cair e tentar andar sozinha de bengala. Me frusto por sentir que não consigo vencer os medos. Como quero ficar autônoma, por que solicito sempre alguém do meu lado? No final de ano, participei das festas de confraternizações, ri, brindei, me diverti, entretanto, sinto como se houvesse um vazio a ser preenchido. Eu que sempre fui tão senhora de mim, agora me vejo em parte na dependência dos meus filhos, que agora pelo excesso de convivência, me apontam falhas, que antes talvez não enxergassem. Desculpem o peso do texto, porém, a seguir, prometo deixá-lo macio e suave como seda:
O melhor de 2017, aconteceu junto com a chegada do novo ano. No final de 2016, fui brindada com a visita de uma querida prima que mora nos EUA e só vem por aqui, a cada dois anos. Chegou com dois filhos jovens que tive o prazer de hospedar. A minha casa transformou-se numa festa, com o ir e vir de jovens. A energia boa, espalhou-se no ar, e eu pude embriagar-me desta energia. E por falar em energia, o verão está aí a todo vapor, quero aproveitar o sol, o mar, sempre meus companheiros. Quero dizer para mim que posso e quero.

O correr da vida

Há quem me pergunte se desisti do blog e eu mesma me faço essa pergunta e fico sem resposta. Acredito que há momentos mais propícios para traduzir as emoções em letras, outros não. Nos últimos meses, as emoções foram somando-se, e foi difícil lidar com toda essa energia represada. Apesar de passar por um processo de análise, o misto de sensações causou estranhamento em mim. O que posso afirmar é que a Vânia otimista, desejosa de ir além, permanece firme em 2017. Continuo firme na batalha e nunca pensei em abandonar a luta. Não me considero a guerreira que todos enxergam em mim, porém batalho sempre para ter mais autonomia, e voltar ao qu é considerado “normal”, pelo menos para mim. As minhas seqüelas, do tal AVC, foram motoras, e uma das grandes batalhas tem sido, vencer o medo de cair e tentar andar sozinha de bengala. Me frusto por sentir que não consigo vencer os medos. Como quero ficar autônoma, por que solicito sempre alguém do meu lado? No final de ano, participei das festas de confraternizações, ri, brindei, me diverti, entretanto, sinto como se houvesse um vazio a ser preenchido. Eu que sempre fui tão senhora de mim, agora me vejo em parte na dependência dos meus filhos, que agora pelo excesso de convivência, me apontam falhas, que antes talvez não enxergassem. Desculpem o peso do texto, porém, a seguir, prometo deixá-lo macio e suave como seda:
O melhor de 2017, aconteceu junto com a chegada do novo ano. No final de 2016, fui brindada com a visita de uma querida prima que mora nos EUA e só vem por aqui, a cada dois anos. Chegou com dois filhos jovens que tive o prazer de hospedar. A minha casa transformou-se numa festa, com o ir e vir de jovens. A energia boa, espalhou-se no ar, e eu pude embriagar-me desta energia. E por falar em energia, o verão está aí a todo vapor, quero aproveitar o sol, o mar, sempre meus companheiros. Quero dizer para mim que posso e quero.

Exemplo

Fui telelespectadora assídua das paralimpiadas, um belo espetáculo de forca garra ,determinação, resilienciae coragem . um grande exemplo para o mundo.Uma pena que algumas TVs comerciais não tenham apostado na transmissao do evento e portanto, grande parte dos brasileiros que só podem ter TV aberta, tenha perdido de ver essa maravilha.
Me considero privilegiada por poder ter a disposição, canais fechados que me possibilitaram ver o que muitos paraatletas foram capazes de fazer superação Uma lição para o mundo, pessoas com deficiências severas, que nao se acovardaram e foram à luta. Uma bela lição para pessoas ditas normais, que se queixam das dificuldades da vida, sejam elas, materiais, psicológicas. Seria bom parar e aproveitar para fazer uma reflexão com essas pessoas que decidiram ultrapassar os seus limites e buscam outras formas para se adequar ao mundo. Bela lição. Minha homenagem a esses heróis.
Eu que estou ainda me recuperando de AVC, me questiono,, porque ainda sou tão dependente? Vi pessoas sem braços e sem pernas, na sua luta. Vi cegos em sua batalha. A vida é dura, mas ninguém ali inspirou dos presentes a sensação de pena. Nada de ” nhem nhem “. Somos todos iguais e dentro do peito bate um coração com um forte desejo de chegar em algum lugar.

Exemplo

Fui telelespectadora assídua das paralimpiadas, um belo espetáculo de forca garra ,determinação, resilienciae coragem . um grande exemplo para o mundo.Uma pena que algumas TVs comerciais não tenham apostado na transmissao do evento e portanto, grande parte dos brasileiros que só podem ter TV aberta, tenha perdido de ver essa maravilha.
Me considero privilegiada por poder ter a disposição, canais fechados que me possibilitaram ver o que muitos paraatletas foram capazes de fazer.superacao,Uma lição para o mundo, pessoas com deficiências severas, que nao se acovardaram e foram à luta. Uma bela lição para pessoas ditas normais, que se queixam das dificuldades da vida, sejam elas, materiais, psicológicas. Seria bom parar e aproveitar para fazer uma reflexão baseadas nessas pessoas que decidiram ultrapassar os seus limites e estão a buscar outras formas para se adequar ao mundo. Bela lição. Minha homenagem a esses heróis.
Eu que estou ainda me recuperando de AVC, me questiono,, porque ainda sou tão dependente? Vi pessoas sem braços e sem pernas, na sua luta. Vi cegos em sua batalha. A vida é dura, mas ninguém ali inspirou dos presentes a sensação de pena. Nada de ” nhem nhem “. Somos todos iguais e dentro do peito bate um coração com um forte desejo de chegar em algum lugar.

ENTRE O DOCE E O AMARGO
Queridos leitores, sei que estou em falta com os que me acompanham.Na.Agitacao do dia a dia, o contarolando ficou meio no “canto”. Continuo valorizando este espaço que fiz nascer para falar da minha nova condição,, no inicio( pos AVC) tao assustadora, que precisava gritar ao mundo que tudo aquilo era muito novo e doloroso.
Pois bem, na vida a gente vai dando um jeito aqui, outro acolá e as coisas vão se molda ndo como uma peca de argila. nao posso negar que o inicio foi bem difícil e também não posso negar que passados 4 anos do AVC, tem dias que acho difícil e me sinto impotente.
Agora depois de tanto tempo sem contato com vocês, preciso dizer que “virei Gente grande”, voltei a trabalhar, fonte de imenso prazer, arrisquei dirigir o carro automático de uma amiga que tambem teve AVC e esta me dando a maior forca. A sensação de dirigir o carro foi extremamente prazerosa, foi como se fosse a primeira vez, me senti senhora de mim e constatei que posso voltar a dirigir, ser mais autônoma. Sao essas coisas que nos fazem refletir e lpensar: nem tudo esta perdido, há luz, muita luz no fim do túnel. Entre as minhas peripécias, està a pratica regular de pilates, modalidade que adoro e ja praticava a antes do AVC. Gosto atualmente porque trabalha a minha recuperacao motora, e também a plástica. Por falar e.m formaa física, outro fato que me faz achar que estou chegando bem próximo da normalidade, sao osquilinhos a mais que tinha ganhado e que tanto me incomodavam , foram embora, me deixando feliz, resgatando o meu peso anterior. De bem comigo, me olho no espelho e gosto do que vejo. So não consigo ainda aceitar o braço na postura padrão de AVC e o andar inseguro e desengonçado com bengala ou.segurando em alguém.
Outra coisa boa, foi no meio do ano, instigar meus filhos a viajar comigo à sao paulo para matar as saudades oo meu filho, netos e nora. Saudade do frio, da vida cultural agitada e das ótimas e charmosas opções gastronômicas. Foi tudo maravilhoso, com a certeza de que posso tocar a vida normalmente.
Na volta,d tive uma lombalgia aguda, que prometo contar a saga em outro momento.coisa chata, um balde de agua fria na minha recuperação. pois é , “faz parte do show”. depois de tanto tempo ausente, vale voltar com boas noticias , afinal, para frente é que se anda.

Carrossel

Criei este blog, com o objetivo de expurgar as minhas dores, os meus questionamentos que surgiram no primeiro momento pós AVC.e aqui estou eu escrevendo variações sobre o mesmo tema. Preciso afirmar qque enxergo o mundo alem das minhas paredes, sei que nao sou proprietária de uma dor que ate ja se diluiu.
E a boa noticia é que ao longo do tempo foram saindo sentimentos relativos ao meu cotidiano que para minha surpresa,abriu-se num leque de possibilidades. Com isso, reafirmo para os que estão na escuridão que existe a luz, e por mais que pareça inatingível, ela um dia chegará.
Contudo, no momentos,sinto a necessidade de falar não das minhas carências, mas sobretudo das dores que se agigantam ao me redor.De repente sao tantas, que parecem uma avalanche, o que me da a sensação de que estou em um carrossel, observando as cenas ao redor.
é flagrante a dor presente na vida que é dura demais para grande parte das pessoas. Tenho me defrontado com pessoas próximas, que estão vivendo momentos dilacerantes. , fico paralisada, envolta no desejo de poder ajudar. Se me fosse permitido o toque de um condão , eu me sentiria plena.
No momento me resta desejar que essas pessoas nao percam a capacidade de “esperançar”.

Entre a dor e o bálsamo

Blog/marco

Depois de um grande período em silencio, resolvi voltar ao meu blog ,que desde o AVC, funcionou como bálsamo e me emprestou asas para voar.
O que no inicio funcionou como puro desabafo, quase catarse, passado o tempo, tornou-se norte, para muitos que assim como eu, foram acometidos drasticamente por um golpe pesado, contudo,Ainda preciso expurgar esse mal esta., emborA ja esteja bem reabilitada, sou consciente das minhas limitações e sei que ainda tenho muita estrada à percorrer. As dificuldades, se tornam evidentes, pelo menos pra mim, que sou rígida comigo. para uma pessoa extremamente autônoma e independente, é bem difícil aceitar a condição de dependência, mesmo que parcial. nunca gostei de pedir nada ninguém, e agora pelo menos por um tempo que se arrasta, fico à procura da Vânia independente , segura e voluntariosa. Fico angustiada por sentir que os meus filhos se sentem presos a mim.
E quando me darei alforria? O desejo urge.
O desejo é forte, mas as limitações sao reais. Como sempre, estou na batalha,atualmente além de lutar pela minha reabilitação motora, voltei a trabalhar, o que me deixa feliz, me sentindo uma pessoa mais “normal” , mais livre.
Além de tudo, sei que na medida do possível, com o meu exemplo, estou ajudando a muita gente, o o que da um outro significado ao meu caminhar.
E seguindo por essa vereda escura da vida, é possível encontrar tantas asas partidas, corações dilacerados, e desta forma entender melhor ,que o que rompe e depois sara é menos doído do que o apagão total.

Subida

Apesar de parecer lugar comum, atribuo a minha trajetória pós AVC a uma árdua subida,.a escada é íngreme, longa e tortuosa
. Passados três anos, posso considerar que já alcancei um patamar mais alto, com uma vista mais aprazível, contudo, ainda há um longo caminhar pela frente, e as escadas ,sao armadilhas, sobretudo para aqueles que como eu, ainda não conseguiram resgatar a auto confiança.
Nao posso me queixar dos progressos, percebo que as pessoas, sobretudo àquelas que não me vêem há muito tempo, esboçam sensação de alegria e surpresa por me verem tão bem. Sao essas constatações vindas de pessoas conhecidas ou não, que me ajudam a enfrentar mais degraus em busca do topo.
Preciso registrar aqui que o incentivo das pessoas, conhecidas ou não, vai despertando em mim, uma forca, que muitas vezes nem sei de onde vem. O fato é que estou numa luta diária, posso para alguns ate parecer redundante, mas, literalmente, cada movimento físico ou emocional, é uma conquista que me dá prazer e me impulsiona.
Agora ja sou procurada por pessoas que precisam de apoio, preciso compartilhar as minhas conquistas e apoiar a quem no momento, esta tão vulnerável como eu estive no inicio.
Pois é, é melhor acreditar, ter fé e seguir em frente, sempre haverá uma luz.